quarta-feira, 28 de maio de 2014

VIL Fichamento 9

VIL Fichamento 9

V.I.Lenin
Obras completas
Tomo VII (sete)
Setembro 1903-dezembro 1904
Editorial Cartago
Buenos Aires, 1959

Relato sobre o II Congresso do POSDR

Foi escrito na primeira quinzena de setembro de 1903. Foi publicado pela primeira vez em 1917.
O texto começa com a seguinte advertência: "este relato está destinado exclusivamente aos amigos pessoais; por isso, quem o leia sem permissão do autor é como se estivesse lendo uma carta privada".
O texto começa descrevendo a composição interna do congresso e a divisão dos iskristas em dois grupos. A esse respeito, ele cita um comentário (sexista) de terceiros, segundo o qual os futuros mencheviques seriam a "linha feminina",
Insiste que estas linhas se configuraram pos factum, ao final do congresso, que teve 40 sessões.
Há passagens divertidas, como a reclamação contra um bundista que integrava uma comissão de revisão de mandatos, que "tratou de render pelo cansaço todos os demais integrantes da comissão, retendo-os até as 3 da manhã e reservando-se , não obstante" [a dar] "sua opinião pessoal" sobre "cada assunto". 
[Aliás, mais adiante vai dizer que os bundistas fizeram "obstrução desesperada" no debate sobre programa, absorvendo com isto 2/3 do tempo que durou o Congresso. Depois fica claro o motivo disto.]
Revela que os delegados vinculados a Iskra fizeram reuniões com "caráter secreto e informal". 
Comenta sobre a polêmica acerca de credenciar ou não Riazanov, do grupo Lucha, como primeiro sintoma da "instabilidade" do iskrismo.
Em seguida explica a polêmica acerca do tema da "equiparação de línguas", novamente a pretexto de confirmar "uma vez mais" a instabilidade da corrente Iskra.
O episódio do estatuto foi o quinto ponto do Congresso (contra o federalismo, programa, Iskra como órgão central, informes dos delegados e estatutos).
Na votação, 28 a favor da fórmula de Martov e 23 a favor da fórmula de Lenin (ele diz que não recorda exatamente dos números), isto porque os delegados do Bund e do Rabocheie Dielo (economicistas) apoiaram a minoria dos iskristas, dando-lhes assim maioria.
Depois disso, veio a última reunião da fração Iskra. Ao longo desta reunião, quando se discutiu o tema do CC, a maioria buscou uma conciliação com a minoria. 
Depois desta reunião e antes de votar o CC, é que se votou o tema do estatuto do Bund, em que o Bund foi derrotado por todo o congresso, retirando-se em seguida seus 5 delegados. 
E depois, quando foi aprovada a Liga da socialdemocracia revolucionaria russa no estrangeiro como a única organização do POSDR fora das fronteiras, foram embora dois delegados ligados a Rabocheie Dielo. Com isso, os "martovistas" ficaram em minoria: 20 x 24 aproximadamente.
Foi neste momento que começa o debate sobre o CC e sobre a redação e o Conselho do Partido. Aí, novamente, há passagens no mínimo curiosas sobre a "vida real": "la anterior Redaccion de seis era de tal modo ineficiente que no llegó a reunir-se en pleno ni una sola vez en tres anos; parece mentira, pero es cierto. En ninguno, ni en uno solo de los 45 numeros de Iskra intervino, ni en cuanto a redaccion ni desde un punto de vista técnico, nada más que Martov y Lenin. Y nadie, fuera de Plejanov, planteó ninguno problema téorico importante. Axelrod no aporto el menor trabajo (ningún artículo en Zariá y  o 4 en los 45 números de Iskra). Zasulich y Starovier se limitaron a colaborar y aconsejar, sin llegar a realizar nunca trabajo puramente de redacción". (p 25)
O debate sobre a redação foi feito sem os integrantes da redação presentes. Y, tras debates tremendamente agitados, el congreso acordó no ratificar a la anterior Redacción.
Martov se recusou a participar, mas por outro lado declaró publicamente que la legalidad de las decisiones no podia ser dudosa.
Em seguida foram aprovadas 11 resoluções sobre tática e se encomendou à comissão de atas seu trabalho. E o congresso foi clausurado.
Ao final, Lenin afirma que a conduta dos martovistas depois do congresso, sua recusa em colaborar, são fruto "do amor proprio ofendido e de uma fantasia enferma" (.p28).


Un golpe en falso

Texto publicado em Iskra, 15 de setembro de 1903.
Polêmica com Revoluutsiónnaia Rossía.

Plano de cartas sobre as tarefas da juventude revolucionária

Esquema escrito no final de 1903, publicado pela primeira vez em 1934.

As tarefas da juventude revolucionária. Carta primeira.

Publicado em setembro de 1903, no periódico Studient.
Existem seis grupos entre os estudantes: os reacionários, os indiferentes, os academicistas (propugnadores do progresso legal sem luta política, do progresso a base de autocracia), os liberais, os SR e os SD.
Os estudantes como a "parte mais sensível da intelectualidade"; "entre os estudantes tem que dar-se, necessária e ineludivelmente, os mesmos grupos que existem na sociedade".
Momento Thompson: A divisão em classe é o fundamento mais profundo de toda divisão em grupos politicos e, em última análise, determina sempre, por suposto, esta divisão. Mas este fundamento profundo só se revela a medida que avança o desenvolvimento histórico e a medida que vai amadurecendo a consciência dos coparticipes e criadores deste desenvolvimento" (p.40)
Na página 44 ele trata a relação entre os interesses estudantis como um todo e a ação dos partidos. E volta a isto na p. 49: un deslinde total entre las tendencias políticas no significa, ni mucho menos, que se 'rompan' as amarras con las associaciones profesiones  y de estudios. El socialdemócrata que se trace la tarea de trabajar entre los estudiantes deberá esforzarse indefectiblemente por penetrar el mismo, o a través de sus agentes, en el mayor numero posible de los círculos 'puramente estudiantiles' y de autoeducacion con la mayor amplitud posible, por ensanchar el horizonte de quienes só lo piden la libertad acadêmica, por propagar precisamente el programa socialdemocrático entre todos los que aún andan en busca de un programa calquiera".
E ainda, na 50: la ruptura de los estudiantes socialdemócratas con los revolucionarios y los politicos de las demás tendencias no significa, en modo alguno, la ruptura de las organizaciones estudiantiles generales y educativas; por el contrario, solamente situándose en el punto de vista de un programa plenamente definido se puede y se debe trabajar en los más amplios círculos estudiantiles por ensanchar los horizontes acadêmicos y propagar el socialismo científico, es decir, el marxismo".

El II Congreso del Partido. Plan de articulos.

Escrito em dezembro de 1903, publicado em 1927.

Maximum de desverguenza y minimum de logica

Texto publicado em 1 de outubro de 1903 no Iskra.

Debate com o Bund, acerca do estatuto máximo e do estatuto mínimo desta organização: "no es casual el hecho de que la declaración de federalismo se deba al mismo cuarto congreso en que se formuló la declaración sobre la existencia de la nación judia" [sionismo].

Projeto de comunicação do CC y da Redação do OC aos membros da oposição. Variante.

Escrito em outubro de 1903, publicado em 1927.

II Congresso da Liga da socialdemocracia revolucionária Russa no estrangeiro. 13 a 18 de outubro de 1903 (ou 26 a 31).

Publicado em 1904, como parte das atas do segundo congresso da Liga. Trata-se de um longo informe, em que ele relata seu ponto de vista sobre o ocorrido no Congresso do POSDR.
Aqui ele cita dois episódios conflitivos entre ele e Martov: quem seria delegado da Liga e da organização russa de Iskra (tiraram na sorte!); e a mesa diretora dos trabalhos (9 ou 3 pessoas). 
A ata contém também os apartes de Trotsky (confirmando que referiu-se duramente contra o grupo de Ryanaznov) e de Martov (negando o uso de um determinado termo).
Outro trecho típico diz respeito a "questão dos asnos", referindo-se aos termos com os quais Plekhanov irritou os bundistas durante o debate sobre o tema da equiparação das línguas.
A explicação que Lenin dá para a polêmica com Martov acerca do artigo 1 do estatuto inclui a seguinte frase: "o error de Martov consistia en que abría de par en par las puertas del partido a cualquier bribón, cuando incluso en el congreso había nada menos que una tercera parte de gentes tramposas".
Lenin confessa que não entende por qual motivo o Bund foi embora, num momento em que era "dono da situação e poderia ter conseguido muitas coisas. A explicação mais provável é que se achavam sujeitos por um mandato imperativo".
Ele explica também (páginas 76 e 77) qual a conduta da maioria antes da saída do Bund e a que adota depois que o Bund sai.
Registra que "falto totalmente el tiempo para discutir todos los problemas acerca de la táctica" (77).

Seguem-se uma declaração (28/10), um resumo de um discurso (30/10) e uma declaração não entregue sobre o comportamento do Martov (29/10). E depois vem a carta em que Lenin pede demissão do Conselho e da Redação de Iskra. Esta última foi entregue ao Plekhanov no dia 1 de novembro de 1903.


La situacion del Bund dentro del Partido

Iskra, 22 de outubro de 1903.

Trata-se de um comentário acerca de um artigo do próprio Bund, ou seja, um comentário acerca do comentário oficial as resoluções do V Congresso do Bund.

O terceiro argumento apresentado pelo Bund consiste em apelar para a idéia da nação judia. Só que, por desgraça, esta ideia sionista é, por essencia, uma ideia totalmente mentirosa e reacionária.
Nas páginas 94-96 ele desenvolve por qual motivo a idéia de uma nação judia é, por seu significado político, uma ideia reacionária.

La burguesia populizante y el populismo desconcertado


Publicado em Iskra de 18 de novembro de 1903.

O populismo foi engordando até converter-se em liberalismo.
Uma gozada na idéia de "progresso automático na indústria" (102).

A la redaccion del OC del POSDR

É a carta dele pedindo que se publique, no Iskra, a seguinte declaração: "N.Lenin há dejado de pertenecer a la Redaccion de Iskra a partir del 1 de noviembre (del nuevo calendario) de 1903".
Os motivos são detalhadamente explicados em Um passo adiante... e em outros textos.

Declaracion inédita

Esta foi escrita em novembro de 1903 e publicada pela primeira vez em 1928.
Trata-se de uma declaração unânime do CC do POSDR, dizendo que a decisão do Plekhanov de "cubrir las vacantes de la Redaccion con martovistas representa el paso directo de Plejanov al lado de la minoria del congreso del Partido, minoria que el proprio Plejanov caracterizaba publicamente no hace mucho como inclinada hacia al oportunismo y al anarquismo".
Fala que a renúncia de Lenin foi "condicional". E diz que o CC "toma en sus manos por la vía revolucionária el OC del partido", falando que lutará "hasta lograr que la suerte futura del partido sea decidida por la voluntad del partido en su conjunto, y no por la voluntad de la Liga extranjera y por la traición de un individuo".

Carta a la redacion de Iskra

Trata-se de uma resposta de Lenin a um artigo de Plekhanov, intitulado Que no hacer?
Foi publicada no número 53 de Iskra, de 25 de novembro de 1903.
É um texto inusual. Vale a pela reler.
Diz Lenin: a pergunta "que não fazer" eu contestaria, antes de tudo: não ocultar do partido os motivos da cisão... não ocultar nenhuma das circunstâncias e fatos..."
Diz ainda: "uma ampla publicidade: tal é o meio mais eficaz e o único seguro para evitar as cisões que possam ser evitadas e para reduzir ao mínimo as que sejam inevitáveis".
E ainda: "se não queremos ser um partido de massas somente de palavra, devemos incorporar a participação em todos os assuntos do partido a massas cada vez mais amplas, elevando-as constantemente da indiferença política ao protesto e a luta...".
Por fim: dar a possibilidade a cada militante do partido de "conhecer seus chefes e colocar cada um no lugar que lhe corresponde".

Por que he salido de la redaccion de Iskra?
Carta a la redaccion de Iskra

Foi enviada depois de publicar-se o número 52. Iskra recusou publicar. Lenin editou então um folheto ("volante") em separata.
Trata-se de uma resposta a um texto publicado em Iskra, intitulado Nosso congresso, onde segundo Lenin se dá uma "versão completamente inexata da divisão entre os iskristas".
Este texto de Lenin é curioso, porque ele faz uma análise detalhada dos fatos, mostrando os elementos pessoais, casuais, que provocaram a divisão: "nos dividimos com motivo de las personas que habían de formar los organismos centrales, en torno a la cuestión de si podía permitirse que, por descontento con las personas elegidas por el congreso, se boicoteara a estos organismos centrales, se desorganizara el trabajo práctico, se dejaran las resoluciones del congreso del partido a merced de cualquier círculo de socialdemócratas del extranjero por el estilo de la mayoria de la "Liga"."
Neste texto, Lenin faz referência as ações concretas da minoria e aparece sua primeira resposta as acusações contra o "despotismo".
Para Lenin, as divergências entre iskristas se dariam em temas organizativos (ninguém tem direito a exigir posto de general, o formalismo da minoria e o tema do artigo 1 do estatuto). 
É curioso, porque posteriormente as duas frações surgidas da divergência em torno da composição dos orgãos dirigentes do partido, se converterão em duas frações político-programáticas do POSDR, ou seja, a história se plasma as vezes em torno do ocasional e do ridículo. 

Carta del CC del POSDR a la administracion de la Liga Extranjera, a los grupos de cooperacion con el Partido y a todos los miembros del Partido residentes en el extranjero

Escrito no começo de dezembro de 1903.
É interessante por revelar detalhas do modus operandi do partido.

Nota sobre la posicion de la nueva Iskra

Neste texto, de dezembro de 1903 e publicado pela primeira vez em 1929, Lenin começa a transição: antes ele dizia que a minoria tentava transformar em disputa de princípio o que era uma vil disputa por cargos, vaidades etc. Agora ele começa a explicar que na origem do "altercado que surgió entre ambas partes después del congreso, en la lucha de los organismos centrales contra la oposición" está, como causa da divisão, "el viraje de los martovistas hacia el pantano" e que que esta discrepância (em torno do artigo 1) é, até certo ponto, de princípios.

Prólogo ao folheto Carta a um camarada sobre nossas tarefas de organização

Neste prólogo, escrito em janeiro de 1904, ele prossegue o debate com os mencheviques em torno dos problemas organizativos.

Palavras finais ao folheto Carta a um camarada sobre nossas tarefas de organização.

Prossegue a polêmica, tem um anexo interessante, uma carta enviada por um operário, tratando da cisão.

Aos membros do Partido. Projeto de llamamiento

Foi escrito em janeiro de 1904 e publicado em 1929. Neste texto há outro giro: o ataque contra o "punhado de emigrados". E a contraposição entre o espírito de círculo e o espírito de partido.
"LLamáis burócratas a quienes ocupan cargos en el partido por voluntad del congreso de éste , y no por el capricho de un círculo de literatos residentes en el extranjero".

Consejo del POSDR
15/17 ou 28/30 de janeiro de 1904

Parte deste material foi publicado ainda em 1904, outra parte somente em 1929.
São atas e projetos de resolução e discursos, girando ao redor de como reestabelecer a paz no Partido e sobre a convocação de um terceiro congresso.
Já se registram os "momentos históricos que Rússia atravessa, a enorme fermentação revolucionária".
O discurso de Lenin é interessante de ler, inclusive como mostra de como ele enxergava alguns temas organizativos; o que é lícito e o que não é lícito na luta interna (no terreno do trabalho construtivo e da obtenção de recursos, são absolutamente ilícitas las relações de guerra, o boicote etc.).

Al Partido, proyecto de llamamiento

É uma segunda versão de texto citado anteriormente. Também de 1904, só foi publicado em 1929.
Fala de "discórdias indignas e indecorosas acerca de quem deve empunhar a batuta de diretor" e da "enconada lucha en torno a la composición de los organismos centrales", eleitos por uma maioria de 24 x 20.
Fala que a minoria tenta "encobrir" esta luta [por cargos] com a "falsa ropaje" do que chama discrepancias "en el terreno de los principios".
Acusa a minoria de só conseguir trabalhar se tiver altos cargos de direção.

Sobre as circunstancias en que sali de la redaccion de Iskra

Carta escrita em Genebra, em 20 de fevereiro de 1904.
Vale a pena ler detalhadamente.
"Em terminos generales, yo considero que el hecho de remitirse a las conversaciones privadas constituye un verdadero indicio de que no se cuenta con argumentos serios". Mas como Plekhanov usou este recurso, ele se diz obrigado a recorrer a ele também.
O pano de fundo literário, digamos assim, é o das "disputas de emigrados".

El primeiro de mayo, proyecto de manifiesto

É de 1904. Tem duas passagens importantes: uma sobre a "difícil guerra contra o culto e livre Japão" e a defesa da jornada de oito horas.

Un paso adelante, dos pasos atras
(La crisis en el seno de nuestro partido).

Na folha de rosto, informa-se que teria sido escrito em fevereiro-maio de 1901. Por óbvio, erro tipográfico. Foi escrito em 1904 e publicado em maio deste ano, em Genebra.
É um detalhado relato do II Congresso. Ele diz ser obrigado a fazer referência a "muchas nimiedades que sólo poseen un valor insignificante, a muchas querellas que no encierran, en el fondo, interés alguno".
Ele encontra a fórmula para resolver o problema citado anteriormente, a saber: distinguir a análise do ponto de partida (a cisão) do ponto de chegada (as posições da nova Iskra), concluindo que a "maioria" representa a "ala revolucionária" e a "minoria" representa a "ala oportunista de nuestro partido". E que as discrepâncias que separam as duas alas, "en el momento actual se reducen, fundamentalmente, no a problemas programáticos o tácticos, sino solamente a problemas de organizacion".
E chama a atenção para a necessidade de ler as atas do Congresso. "Solamente un estudio cuidadoso y realizado por cuenta propria"... E lança un repto contra os adversários da social-democracia: "traten de presentarnos un cuadro del estado de cosas realmente existente en suas 'partidos', que se acerque ni de lejos al que ofrecen las actas de nuestro II Congresso".

[Por falar em atas, finalmente temos uma versão em português, editada pela Editora Marxista. Temos, também, a versão em inglês, integral.]

Vale a pena rever detalhadamente o Un paso, dos pasos. Alguns trechos:
-é preciso "obrigar" alguns intelectuais a "ver com maior amplitude suas tarefas, a renunciar aos padrões quando se trata de analisar problemas concretos, obrigá-los a tomar em conta a conjuntura histórica, que se encarrega de complicar e modificar nossos objetivos
-as ideias fundametnais de Iskra se reduzem, em essência, a duas: a idia do centralismo, método para a solução dos problemas de organização; a ideia do papel especial reservado ao órgão de direção ideológica, ao jornal
-esta segunda "tomava em consideração, concretamente, as necessidades temporárias e específicas do movimento operário social-democrata de Rússia numa situação de escravidão política, nas condições em que se criava a base inicial de operações para pressionar revolucionariamente desde o estrangeiro"
-no momento decisivo do debate, Trotsky do lado errado (ver página 276)
-nas páginas 327-329 Lenin cita longamente as definições de Kautsky (texto intitulado "Franz Mehring", Neue Zeit, 1903) acerca dos intelectuais, que por suas condições econômicas não não está em situação de antagonismo frente ao proletariado; mas sua vida e condições de trabalho não proletárias engendram "certo antagonismo em quanto a seu modo de pensar e de sentir". É feita uma referência muito importante a Ibsen e outra a Nietzsche, cuja filosofia seria "a verdadeira concepção de mundo do intelectual, que o priva totalmente da aptidão para tomar parte da luta de classe do proletariado": "o culto do superhomem, todo voltado a assegurar o desenvolvimento de sua própria personalidade, tudo que signifique submeter sua personalidade a qualquer grande fim social aparece com algo vil e desprezível"
-Lenin esclarece que traduz por intelectual e intelectualidade as palavras alemãs Literat e Literatentum, que designam não apenas os literados, mas a todas as pessoas cultas, aos representantes das profissões liberais em geral, aos representantes do trabalho intelectual
-salvo engano, o termo menchevique como nome próprio vai aparecer pela primeira vez na página 370
-há uma curiosa referência (374) a como "matar suavemente" (kill with kindness, não softly...) os revisionistas
-na página 384 ele contesta as travessuras de Axelrod, que ironiza com a existência talvez de um chefe marxista ortodoxo para a democracia burguesia revolucionária...
-na página 389 fica claro como o termo tática é usado, em alguns casos, para fazer referência ao que hoje chamamos de estratégia
-na 397 ele explica didaticamente o que muda nos direitos e deveres individuais, frente ao trabalho coletivo, quando se está num "círculo" a moda antiga e quando se está num partido: a existência de um estatuto
-o conceito de democracia em Kautsky: página 403
-na página 411, talvez a primeira vez em que se fale de "leninismo" (na verdade, ele cita um texto do Martov, que inventou o termo)
-um momento Lula: "el congreso de nuestro partido ha sido un caso único en su género, un fenómeno sin precedente en toda la historia del movimiento revolucionário ruso"... "por primera vez" (416)
-el furioso vendaval agitó todo el lodo depositado en el lecho del río de nuestro partido y el lodo se vengo (417) (o lodo é o "espírito de círculo")
-un paso adelante, dos pasos atrás... Asi suele acontecer tanto en la vida de los individuos como en la história d elas naciones y en el desarollo de los partidos
-el proletariado no dispone de más arma, en su lucha por el poder, que la organizacion (419)
-o texto termina criticando "todo el ruído del anarquismo intelectual"
-depois há um apêndice sobre uma das nimiedades...

Carta a algunos miembros del comite central

Escrita em 13 (26) de maio de 1904. Foi publicada, com algumas modificações, no mesmo ano.
Trata-se do início das divergências entre a maioria do CC e a posição de Lênin, acerca de convocar ou não o III Congresso.
Boris considera que num terceiro congresso a cisão seria "inevitável" e Lenin a considera "pouco provável". Ambos estavam errados, mas Boris estava mais próximo do que aconteceria: os mencheviques não comparecem, portanto cisão de fato.

Declaração de três membros do CC

Escrita e publicada em 1904. Novamente acerca das divergências no CC.

Al partido. Plan para un llamamiento

Roteiro escrito em 1904, publicada em 1930. 

Reunión del consejo del POSDR
31 de maio (13 de junho) e 5 (18) de junho de 1904

Texto publicado pela primeira vez em 1930.
São os discursos de Lenin nesta reunião.

Que tratamos de conseguir? (Al partido)

Texto de julho de 1904, publicado em 1923, trata-se das conclusões de uma reunião da fração bolchevique (ainda sem este nome formal).

Al Partido

Versão tornada pública, ainda em 1904, do texto anterior.

A cinco miembros del Comite Central
En Rusia

Carta de 18 de agosto de 1904.
Torna pública a divergência entre Lenin e a maioria do CC ("conciliadores").

Carta a los agentes del CC y a mienbros de los comites del POSDR que se han manifestado a favor de la mayoria del II Congresso del Partido

Carta de Lenin, datada de 5 (18) de agosto de 1904

Carta a Gliebov

Carta de 11 de setembro de 1904. Foi publicada em 1904 mesmo. Mesmo tema: luta de Lenin contra a maioria conciliadora do CC.

Un paso adelante, dos pasos atras. Resposta de Lenin a Rosa Luxemburgo

Setembro de 1904.
Trata-se de um texto interessante, pois mostra que neste momento Lenin enfrentava Kaustky e Berstein, Plekhanov e os mencheviques, e também enfrentava Rosa Luxemburgo, que segundo Lenin deu a conhecer ao leitor "não meu livro, mas outra coisa distinta" (na resenha que RL escreveu e publicou nos números 42 e 42 de Die Neue Zeit.
E mostra Lenin demonstrando que, ao se tornar majoritários no Conselho, no Comitê Central e no Organismo Central, os "mencheviques" adotaram um ultracentralismo e "declararam a margem do Partido" a editora que ele Lenin e outro cidadão haviam montado, apesar desta ser a única possibilidade dele e dos "bolcheviques" difundirem seus pontos de vista.
O texto deve ser recomendado em especial para aqueles que revelam um endeusamento tolo acerca da Rosa Luxemburgo.

Um liberal obsequioso

O texto começa citando Struve, em nota deste acerca da nova casa editorial de Lenin. A nota de Struve termina elogiando um folheto de Trostky, ainda que critique sua "verbosidad".
Lenin parte disto para caracterizar as posições da nova Iskra e dos mencheviques.

Prologo al folleto de N. Shajov
La lucha por el congresso

Prologo de Lenin, escrito em 1904.

Comunicado sobre la creacion del Buro de comites de la Mayoria. Proyecto

Escrito em 1904, publicado em 1940.

La campaña de los zemstvos y el plan de "Iskra"

Escrito e publicado em novembro de 1904.
Trata-se de uma polêmica sobre a tática do POSDR. Tem uma divertida epígrafe: "exclusivamente para os membros do Partido", que Lenin copia do texto que ele está criticando (uma carta da redação de Iskra) e que ridiculariza (um texto conspirativo versus um plano destinado a comunicar-se a decenas de cidadãos etc.).

Tesis para un informe sobre la situacion interna del Partido. Tesis para mi informe.

Escrito em 19 de novembro (2 de dezembro) de 1904. Publicado em 1931.

Carta a los camaradas (sobre la aparición del organo de la mayoria del Partido)

Dezembro de 1904. Relata a decisão da fração bolchevique, de publicar um jornal próprio. O nome próprio bolcheviques aparece na página 528.
"Al crear este órgano, que se llamará probablemente Vperiod..."
Ele incorpora uma idéia, que antes chegou a criticar, do jornal ter muito material sobre "a vida cotidiana".

Declaracion y documentos sobre la ruptura de los organismos centrales con el partido

Escrito no final de 1904, publicado em janeiro de 1905. É uma espécie de "eu acuso" contra a maioria conciliadora do CC. Faz parte da defesa dele junto ao tribunal arbitral do Partido.

Comunicado sobre la creacion del comite de organizacion y sobre la convocatoria del III Congresso ordinaro del POSDR

Escrito em dezembro de 1904, publicado em 1926.




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