terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VIL Fichamento 5

V.I.Lenin
Obras completas
Tomo IV (quatro)
1898-1901
Editorial Cartago
Buenos Aires, 1958

Leituras adicionais

-El populismo ruso, volumes I e II, de Franco Ventura, de Alianza Universidad

A introdução explica por quais motivos a historiografia oficial soviética vai destacar a geração de Herzen etc. (democratas-revolucionários)  e vai considerar os populistas como negativos. 

Por outro lado, lembra que o elemento nacionalista presente nos democratas revolucionários os torna úteis: “el socialismo em um solo país no podia dejar de preguntarse cuales eran los orígenes del socialismo em esse único país”.

Considerar a história do populismo latu sensu como parte da história do movimento socialista europeu. 

O surgimento da inteligentsia (palavra russa), “um produto da educação moderna” ou outra coisa?

Acreditavam no socialismo não por ser necessário, mas por ser justo...

Como as expressões narodnik e narodnichestvo foram “apelidos” generalizantes, impostos pelos adversários (no caso, pelos marxistas) [não é a primeira vez em que o batismo provém dos adversários]

46: mir x obschina

57: Liberalismo, eslavofilia, radicalismo e populismo nasciam em um mesmo mundo social, o da inteligentsia.

67: a mirada de Bakunin é de uma precisão impressionante: “o mundo russo ... é um mundo horrível. A revolução russa será certamente horrível. Quem teme os horrores e a lama (fango), que se afaste deste mundo e dessa revolução; mas quem quiser servi-la, esse, sabendo aonde vai, que fortifique os nervos e esteja disposto a tudo”.

-capítulos dedicados a:

Herzen: Poliarna Zvezda (Estrela Polar) e Kolokol (La Campana)
Bakunin
Problema camponês nos anos 1830 e 1840
Chernichevski
O movimento dos anos 1860: Dobroliubov e Shapov
O movimento camponês
O movimento estudantil
Os primeiros grupos
A primeira Zemlia i volia
- Nikolai Aleksandrovich Serno-Solov’evich (13/12/1834-14/2/1866)
-Ogarev: “que necessita o povo? Terra e liberdade!”
A jovem Rússia
A conspiração de Kazan
Populismo e niilismo
A organização de Ishutin e o atentado de Karakozov

-Karakozov, Judiakov, Ishutin
557-Ishutin dirá que “el miembro del ‘Infierno’ debe vivir bajo um falso nombre y romper los lazos familiares, no debe casarse, debe abandonar a los amigos que tênia y em general debe vivir com um objetivo exclusivo y único: um infinito amor y entrega a la pátria y a su bien. Por Ella debe abandonar toda satisfacción personal y, em cambio, concentrándolo em si mismo, nutrir ódio contra ódio, maldad contra maldad. Deberá vivir sintiéndose safisfecho com este aspecto de su vida”.

569: 4 de abril de 1866, disparou contra o czar. Este lhe perguntou se era polaco. Karakozov respondeu: “russo puro”. Perguntado porque havia disparado, respondeu: “Qué libertad hás dado a los campesinos!”

-reação das massas? Ficam ao lado do czar, segundo relatos variado da época.

Nechaev
-Sergei Gennadevich Nechaev, 20/9/1847
-leitura do livro de Buonarroti, sobre a conspiração dos iguais de Babeuf
-escreve com Tkachev o “Programa de ações revolucionárias”
-relação com Bakunin
-autor do Catecismo do revolucionário
-ver páginas 595, 596, 597: “el revolucionário es um hombre perdido. No tiene intereses próprios, ni causas próprias, ni sentimientos, ni hábitos, ni propriedades; no tiene siquiera um nombre. Todo en El está absorbido por um único y exclusivo interes, por um solo pensamiento, por uma sola pasión: la revolución"
[mais detalhas, inclusive sobre a tragédia posterior, em O anjo da vingança, de Ana Siljak. Record, 2008].

Tkachev
-630: “afora Tkachev, só um homem havia tratado, nos anos sessenta e setenta, de dar ao jacobinismo russo uma continuidade, uma organização, e sobre todo uma ideologia total: Petr Nikitch Tkachev
655: o resumo fala por si e deixa claro o fosso entre populistas e marxistas: “A classe dos nobres latifundiários está arruinada, é débil, carece por completo de força, tanto numericamente quanto por sua posição política. Nosso terceiro Estado está composto em mais da metade por proletários, por miseráveis, e só minoritariamente começam a formar-se verdadeiros burgueses no sentido ocidental da palavra. Porem, naturalmente, não se pode esperar que tais condições sociais favoráveis para nós persistam durante muito tempo. Ainda que lenta e debilmente, também nós nos movemos pela via do desenvolvimento econômico, e este desenvolvimento está submetido as mesmas leis e se realiza na mesma direção que o desenvolvimento econômico dos estados ocidentais. A obshina começa a dissolver-se, o governo faz todos os esforços para aniquilá-la e destroça-la definitivamente. Na classe camponesa se está formando uma classe de kulaks, compradores e arrendatários de terras camponesas e nobres, uma aristocracia camponesa. A livre passagem da propriedade da terra de mão em mão encontra cada dia menores obstáculos; a ampliação do crédito agrário, o desenvolvimento das operações monetárias aumentam dia a dia; os pomeshiki, volens nolens, se veem na necessidade de introduzir melhorias no sistema de sua agricultura. Semelhante progresso vai geralmente acompanhado pelo desenvolvimento da indústria nacional, por uma ampliação da vida urbana. Existem portanto entre nós, neste momento, todas as condições para a formação, de um lado, de uma fortíssima classe conservadora de camponeses –proprietários e farmers— e, por outro, de uma burguesia do dinheiro, do comércio, da indústria, de capitalistas, em suma. A medida que estas classes se formem e reforcem, a situação do povo piorará inevitavelmente e a chance de êxito de uma revolução violenta será cada vez mais problemática. Por isso não podemos esperar. Por isso afirmamos que em Rússia é realmente indispensável a revolução, e indispensável precisamente agora. Agora, ou quiça, muito rapidamente será nunca! Agora as circunstâncias estão a nosso favor, dentro de dez ou vinte anos estarão contra nós. Compreendeis isto? Compreendeis a verdadeira razão de nossa pressa, de nossa impaciência? (1874...)

Bakunin e Lavrov
-Bakunin traduziu ao plano europeu o populismo revolucionário russo, e sobre esta base surgiu a Internacional anarquista (687)
-acabará convencido, depois de 1874, de que Europa havia entrado num período de ajuste, de lenta evolução; e, velho e cansado, acabará por abandonar a luta
[ver biografia de E.H.Carr, intitulada Michael Bakunin. Grijalbo, Barcelona, 1970]

Os Chaikovtsy e a ida ao povo
-componente religioso, evangelizador, da “ida ao povo”: “Id hacia el pueblo, decidle toda la verdade hasta la última palavra”
772-la ida hacia el pueblo de 1873-1874 tiene um especial carácter de frescura, de juvenil entusiasmo e incluso de despreocupación
773-verano de 1874, el verano loco
773-fue uma respuesta de la juventude universitária al llamamiento de los populistas revolucionários
777-representó tambien uma gran leccion sobre las necessidades de la conspiracion, sobre la impossibilidad de presicindir de ellas
777-la mentalidad de los campesinos se lês presentó, aca y allá, com uma luz distinta de la que se habian figurado [anedota: Aptekman falava a um grupo sobre como seria a vida quando o povo fosse dono de suas próprias terras e um camponês o interrompeu e disse: “Perfeitamente, repartiremos a terra, e então contratarei dois diaristas e ficarei muito bem”]
777-de dos a três mil personas fueron encarceladas, interrogadas o molestadas por la policia com motivo de la ida hacia el pueblo

O movimento operário

Zemlia i Volia
855 -los “trogloditas” (pois atuavam no subsolo)
6 de dezembro de 1876: a bandeira vermelha de Zemlia i Volia aparece na praça de Nossa Senhora de Kazan, em São Petersburgo.
868-869: o programa: passagem de toda a terra as mãos da classe agrícola trabalhadora (estamos convencidos de que dois terços de Russia se cultivarão sobre a base da obshina) e sua distribuição igualitária; 2) separação em partes do Império russo, segundo os desejos locais; 3) passo de todas as funções sociais as mãos das obshina; Nossas exigências podem realizar-se somente através de uma mudança violenta. Os meios para prepará-la e realizá-la são 1) a agitação –seja por meio da palavra, seja por meio de fatos- orientada a organização de forças revolucionárias e ao desenvolvimento dos sentimentos revolucionários (revoltas, greves; em geral o caminho da ação é ao mesmo tempo a melhor via para a organização das forças revolucionárias) e 2) a desorganização do Estado, que nos dá a esperança da vitoria, dada a forte organização que criará a agitação no futuro mais imediato”
-24 de janeiro de 1878, atentado contra Trepov.
-894: com o gesto de Zasulich se iniciou o que Klements llamará “o ano dos atentados” [não só em Rússia, mas também contra o imperador da Alemanha e o rei da Itália]
-uma hacha, um revólver y um punal que se cruzavam e ao redor estava escrito: Comitê Executivo do Partido Social-revolucionário
-2 de abril de 1879, tentativa frustrada de matar Alexandro II
“Las medidas adoptadas por el gobierno despues del atentado, las discusiones que suscitó em el mundo de los revolucionários, la acentuada escisión em el interior de Zemlia i Volia, inician uma nueva fase del movimiento, pertenecen ya a la historia de la formacion de Cherny peredel y de Narodnaia Volia.

Narodnaya Volya
-de 15 a 17 de junho, em Lipetsk em 1879
-a luta política contra o absolutismo
-os estatutos
-a divisão
-a “má estrela” de Cherny Peredel
-a tiragem De Narodnaya Volia  em 1879: 2500 a 3000 ex.
-o programa de NV: 1) representação popular permanente; 2) autoadministração regional; 3) autonomia do mir; 4) pertencimento da terra ao povo; 5) passar às mãos dos operários as fábricas e oficinas; 6) completa liberdade de consciência, palavra, prensa, reunião, associação e agitação eleitoral; 7) sufrágio unversal, sem limitações de classe ou censo; 8) subsituição do exército residente pelo territorial
-26 de agosto de 1879: o comitê executivo condena Alejandro II a morte
1 de março de 1881
-as 9h50 da manhã do dia 3 de abril de 1881, Rysakov, Zheliabov, Mijailov, Kibalchich e la Perovskaya subiram ao patíbulo. Os quatro últimos se abraçaram e todos foram enforcados.
-10 de março de 1880, carta do comitê ejecutivo a Alexandro III

[em 1887, Alexandr Ulianov, conhecido como Sasha, 1866-1887, é enforcado. Acusação: papel desempenhado numa tenativa frustrada de assassinato contra Alexandro III. Ver El hermano de Lenin. Ariel, Madrid, 2010.]

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