sábado, 9 de novembro de 2013

Respostas de sábado, 9 de novembro

1)Amanhã é o dia da eleição, qual a sua avaliação do processo nesses meses que antecederam o PED?

Comparado aos partidos tradicionais brasileiros e mesmo comparado a alguns partidos de esquerda, o processo de eleição direta das direções petistas é algo muito rico. Agora, se julgarmos o PED à luz dos nossos próprios parâmetros e à luz das necessidades do próprio PT, este processo eleitoral interno está repleto de insuficiências e de problemas muito graves. Como já dissemos várias vezes, o PED converte nossos filiados em eleitores, quando o que precisamos é de militantes. Apesar deste contexto negativo, nós e outros setores do Partido cumprimos as regras, combatemos as distorções e principalmente insistimos no debate político: o PT precisa mudar. Mudar de estratégia, em direção a reformas estruturais e ao socialismo. Mudar de tática, para que o segundo mandato Dilma seja muito superior ao atual. E mudar de funcionamento, com autonomia financeira, formação e comunicação de massas, aproximação aos movimentos sociais, diretórios, núcleos e setoriais que funcionem efetiva e permanentemente, não apenas nos anos pares, não apenas para fins eleitorais. Quanto ao resultado em si, vamos avaliar depois: a hora é de lutar para vencer, para garantir segundo turno nas disputas presidenciais e diretórios partidários em que todas as correntes internas estejam representadas, especialmente a esquerda petista. Para isto contamos com (e aproveitamos para agradecer) a militância, mobilizada voluntariamente, combatendo máquinas e poder econômico, apoiada em convicção política e ideológica. 
2)Que PT pode sair deste PED? Qual o impacto disto para o Brasil e para o mundo?

Depende da votação, depende de saber quem for vencedor nas disputas presidenciais, depende de verificar quais setores predominaram na composição das direções. A grosso modo, podemos ter uma renovação conservadora, com um diretório menos plural e menos capaz politicamente do que o atual. Ou podemos ter uma renovação de fato, com novo presidente, diretórios plurais e sintonizados com as necessidades de um Brasil que pede reformas estruturais, de uma América Latina que pede integração regional, de um mundo que pede uma alternativa socialista. Nosso esforço, como já disse, foi para que o PT saia deste processo, que se encerra no V Congresso, defendendo uma estratégia democrático-popular e socialista, com ênfase em construir um novo padrão de desenvolvimento para o Brasil, com alto crescimento, sustentabilidade ambiental, bem-estar social, vanguarda tecnológica, ampla democracia, direitos humanos e civis ampliados. E um partido militante, que esteja preparado para o novo período em que entramos, de agravamento dos conflitos entre Estados em âmbito internacional e dos conflitos entre classes sociais, especialmente aqui no Brasil. O melhor ainda está por vir, a questão é saber se estaremos à altura dos desafios presentes e futuros. Para isto será necessário ter muita esperança. Esperança vermelha.

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