segunda-feira, 17 de junho de 2013

Micro-roteiro

Micro-contribuição para o Grupo de Conjuntura da FPA
Segunda, 16 de junho de 2013
Retomo aqui, de maneira simplificada, o roteiro sobre política internacional latino-americana que apresentamos em 10/3/2013, na primeira conversa do grupo de conjuntura.
Propusemos organizar a análise dos acontecimentos na região em torno de duas variáveis principais: a dinâmica interna de cada país e a dinâmica da integração regional.
Apontamos que 1) a crise internacional, 2) a contraofensiva dos Estados Unidos e aliados, 3) as dificuldades e debilidades dos setores progressistas e de esquerda, produziram uma situação de equilíbrio relativo entre as forças pró-integração subordinada e as forças pró-integração autônoma. E que 4) as dificuldades internas vividas por Brasil, Argentina e Venezuela criaram uma espécie de crise de direção no proceso de integração, abrindo espaço para a operação Arco do Pacífico.
Neste quadro, propusemos alguns movimentos para o que resta de 2014, tais como: 1) ajudar a que tenha êxito o processo de negociação FARC-Santos; 2) recuperar o governo peruano para o projeto de integração regional;  3) trabalhar pela vitória da centro-esquerda nas eleições chilenas, com base num programa de maior colaboração do Chile com Unasul e Mercosul, ou seja, de desarticulação do Arco do Pacífico; 4) cooperar com a vitória da esquerda na eleição de El Salvador e Honduras. A estas medidas, agregamos a necessidade de um gesto político de forte impacto: 5) Lula assumir a secretaria-geral da Unasul. E chamamos a atenção para a realização, neste contexto, do 6) XIX Encontro do Foro de SP.
Estas medidas, contudo, terão maior ou menor impacto e sustentabilidade, a depender  da 7) superação dos problemas existentes no tripé Brasil, Argentina e Venezuela.
Os acontecimentos dos últimos 90 dias (descritos nos diversos textos elaborados desde março) confirmaram este roteiro de análise. E, embora as noticias vindas de Honduras, Chile e El Salvador sejam eleitoralmente positivas, o quadro geral continua sendo marcado pela contraofensiva da direita. E deve continuar assim pelo menos até o final de 2014, quando teremos mais definido o quadro institucional regional.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário